Veja quais são os 5 problemas mais comuns na reforma
Falta de planejamento e supervisão da obra podem fazer com que as alterações na casa demorem mais tempo do que é preciso. Saiba como prevenir erros
Reformar a casa realmente pode dar trabalho. Entulhos, paredes quebradas e poeira fazem dos dias de obra um caos, mas, quando ela é bem planejada, o resultado final é muito satisfatório.
As semanas de bagunça dentro do imóvel valem à pena quando a reforma é bem estruturada. Contar com a supervisão de um profissional como arquiteto ou engenheiro pode fazer a diferença nas obras.
Às vezes, comprar um material de construção só pelo fato de ele ser mais barato pode causar, na verdade, um prejuízo. Com a ajuda da arquiteta Anna Novaes, selecionamos cinco problemas comuns em uma reforma. Confira:
1) Falta de planejamento – De acordo com a arquiteta, este é o principal problema em uma reforma, já que a falta de planejamento acaba gerando consequências que podem ser graves.
Para não haver surpresas durante a obra, o projeto, orçamento e cronograma devem ser estabelecidos previamente, segundo Anna.
“Quando não há planejamento, a reforma começa sem o morador ter ideia de quando ela vai acabar e aí a obra não termina nunca”, diz a arquiteta.
Ao fazer uma reforma, é preciso um planejamento financeiro, além de organizar uma lista dos materiais que deverão ser adquiridos.
2) Ausência de profissionais – “Um dos erros mais comuns é reformar a própria residência sem contratar um profissional do segmento”, alerta a arquiteta.
O auxílio de um especialista como arquiteto ou engenheiro, de acordo com Anna, pode ajudar a prever determinados problemas que podem ocorrer no meio do caminho.
Quando se começa a quebrar as paredes, é possível que surjam imprevistos, como o aparecimento de uma coluna. “Em imóveis antigos, nem sempre elas estão identificadas na planta”, lembra a profissional.
Anna ressalta que, com a presença de profissionais especializados, a equipe consegue dar prontamente uma solução quando um problema como este acontece.
Com a ajuda de um profissional, evita-se o desperdício. “O especialista calcula quanto material a obra irá utilizar, portanto o morador não precisa comprar artigos desnecessários”, afirma Anna. O especialista consegue também avaliar qual é a ordem dos procedimentos da obra.
3) Compra de materiais – “A oferta de materiais de construção é grande no mercado e a falta de conhecimento técnico pode fazer o idealizador da obra comprar gato por lebre”, ressalta a arquiteta.
De acordo com a profissional, algumas pessoas optam por materiais mais barato pensando que estão economizando, ou então compram o mais caro por achar que o preço denuncia uma melhor qualidade. Tanto um quanto o outro podem deixar o comprador no prejuízo. “Realizar a compra se baseando somente no valor não é adequado”, reforça Anna.
A especialista lembra que nem sempre o que tem o preço mais alto é o mais apropriado para a reforma. “Pedras brancas são caras, mas não são indicadas para a pia da cozinha, já que elas podem ficar encardidas”, exemplifica.
4) Referências – Mesmo quem não tem condições financeiras de contratar um arquiteto ou engenheiro não deve se esquecer de medir o espaço disponível da residência.
“É preciso tirar referência de algo que já existe para minimizar as chances de erros”, diz Anna.
A dica da profissional é que a pessoa vá a um lugar com um banheiro parecido com o de sua casa para medir a profundidade e altura da pia, por exemplo. A distância da porta dos armários também deve ser avaliada para que não atrapalhe a passagem.
“É comum as pessoas irem à lojas gigantescas de móveis e escolherem um sofá que fica bom no estabelecimento, mas que não se encaixa no espaço disponível da residência”, afirma a arquiteta.
5) Entulho – Um dos problemas de não deixar ninguém de confiança supervisionando uma obra é a sujeira que os trabalhadores podem deixar no local.
“Em condomínios, se a pessoa que está providenciando a reforma ainda não mora no local e não checa se os empreiteiros deixaram o ambiente limpo, pode ser surpreendida por uma multa pela desordem”, lembra Anna. (Zap Imóveis)