A modernização dos imóveis: como é a técnica do retrofit?
Retrofit é uma técnica que tem ganhado cada vez mais destaque no mercado imobiliário. Por exemplo, os imóveis nos centros urbanos de grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, são locais em que se exerce esta técnica, que significa “ajustar o antigo” – “retro” vem do latim “movimentar-se para trás”, e “fit” vem do inglês “ajustar”. O retrofit consiste na remodelação ou atualização de um imóvel. É uma técnica que tanto preserva imóveis tombados, por serem patrimônios histórico e arquitetônico, como também valoriza regiões que apresentam edifícios antigos, uma vez que o chamado potencial de construção, de novos edifícios e casas naquela região, geralmente já está esgotado.
No Brasil, o retrofit é tratado na Norma da ABNT, a NBR 157575-1. Nela se define que o retrofit é a remodelação ou atualização do edifício ou de sistemas, pela incorporação de novas tecnologias e conceitos. O objetivo desta técnica, conforme definido, além da valorização do imóvel, é proporcionar a mudança de uso e o aumento da vida útil, além da melhoria da eficiência operacional e energética. A modernização da estrutura inclui, além do sistema energético e hidráulico, as ações em busca de melhor acessibilidade e com base na sustentabilidade.
Além disso, há vantagens com mudanças na Legislação que permitem descontos em pagamento de tributos em caso de revitalização dos edifícios e de suas fachadas. Mesmo ainda estando no início, quando comparado a países europeus, o retrofit vem se tornando cada vez mais expressivo no Brasil.
E, pensando nisso, antes de contratar empresas – e até mesmo imobiliárias que atuam em parceria com profissionais que trabalham com esta técnica – é importante se atentar para um planejamento e dicas, para que os procedimentos desenvolvidos sejam eficazes. Isso porque o valor para desenvolver a remodelação será maior quanto mais antigo for o edifício, seja ele residencial ou comercial. Além disso, a chance de imprevistos que causem um aumento no valor da obra é maior, por se tratar de uma construção mais antiga. Por isso a importância de procedimentos com cuidados desde o início.
Etapas para o retrofit
A primeira etapa é planejar, analisando-se a viabilidade técnico-econômica do retrofit naquela construção. Entre as perguntas que podem ser feitas, buscando-se identificar a importância do retrofit para determinado edifício, incluem-se: “O imóvel tem uma boa localização?” “Compensa fazer o retrofit ou, em questão de custos, vale mais a pena ser construído um novo edifício?”
Após o planejamento e a resposta a estas perguntas, é importante calcular os gastos – comparando com os futuros ganhos em valorização e economia energética no edifício. Pensando ainda nos recursos financeiros, a escolha da empresa e dos profissionais responsáveis pelo retrofit, assim como os materiais que vão ser utilizados, é fundamental. Além disso, os próprios elementos que são substituídos devem estar incluídos no planejamento financeiro, como as lâmpadas, os sensores, alarmes, inserção de câmeras de segurança, pisos drenantes e o material de isolamento térmico.
Ao longo de todo o processo de retrofit é essencial ter a flexibilidade para mudanças, principalmente diante de imprevistos. Para manter bons resultados, a continuidade dos cuidados também é importante, com manutenção constante, seja dos elementos de eficiência energética, como também da estrutura. Após esses cuidados, o resultado será um processo com mais eficiência, mudança drástica no edifício e valorização. (Blog da Arquitetura)