5 erros comuns que todos arquitetos recém-formados cometem
Depois de anos de faculdade e estágios supervisionados, finalmente os estudantes conseguem receber seu diploma em arquitetura. Eles são, agora, recém-formados. A expectativa para os meses seguintes é muito grande, sobretudo para adquirir aquele “emprego dos sonhos”. Mas, não é tão simples assim. Quando a realidade aparece, é comum os jovens ficarem perdidos. Daí aparece a combinação de medo, misturado com imaturidade e pressão da família – ou de si mesmo. E, nesse momento, os piores erros são cometidos.
Infelizmente, uma atitude ruim no momento certo ou uma atitude certa em um momento ruim pode comprometer, seriamente, toda a estreia do recém-formado no mercado de trabalho. Então, o estudante deve saber, de antemão, como fazer, adequadamente, essa transição entre o status de universitário para a condição de profissional. E aqui, no texto logo abaixo, já seguem algumas dicas. O Blog da Arquitetura ensina o que se pode tentar evitar, no início de uma carreira, para obter mais sucesso.
ALGUNS ERROS DOS RECÉM-FORMADOS
1 – ACHAR QUE JÁ SABE TUDO E QUE NÃO PRECISA MAIS ESTUDAR
Empregado ou não, o recém-formado precisa traçar uma meta – realística-, projetando onde ele quer estar depois de aproximativamente cinco anos. Ele quer permanecer no mesmo segmento profissional? Qual o cargo que ele pretende alcançar ? O que fará para chegar lá? São perguntas básicas, mas que, juntas, representam um resumo das expectativas que ele tem e das experiências que ele deve adquirir.
Esta lista servirá para que o jovem profissional compreenda que não se pode ficar “dormindo no ponto”, e visualizar tudo que precisará fazer para chegar onde se pretende, dentro desse período de tempo. Seu único inimigo pode ser o medo e o orgulho. Só os mais humildes obtêm sucesso. E por quê? Porque eles sabem que ninguém sabe tudo. Tendo isso em mente, o arquiteto não deve ter receio de questionar, de perguntar, mesmo que soe algo muito banal. Guardar para si as dúvidas só lhe causará problemas.
Muitos recém-formados se acomodam rapidamente. Alguns têm preguiça de voltar a estudar. Outros não apresentam interesse em buscar mais informações com parceiros, fabricantes e fornecedores. E tem ainda os que evitam sair da sua zona de conforto. Esses profissionais acabam ficando estagnados. Seus trabalhos perdem qualidade e até os clientes percebem isso. A falta de esforço é um erro gravíssimo, que, se cometido por um, ameaça o exercício de toda a categoria.
2- DEMONSTRAR IMPACIÊNCIA, GANÂNCIA E MENTIR
Um dos erros mais comuns de recém-formados é a falta de paciência. Eles têm pressa em arrumar um emprego estável, em obter bons resultados e atingir a mesma agilidade dos veteranos. Mas, tudo isso é algo que leva tempo. O processo é mesmo devagar. Claro que é bom ter expectativas, mas nada muito alto logo de imediato. Pode-se permitir flutuar, mas mantendo uma ligação no chão.
Essa cobrança exagerada é tão inadequada que até faz mal a saúde. Não incomum, alguns jovens profissionais apresentarem estado constante de ansiedade. Quando muito, esse tipo de sintoma pode levar a atitudes extremas. Uma delas é se precipitar na hora de lidar com empregadores ou clientes. Uns, na ânsia por receber logo cedo o retorno por anos de estudo, acabam focando apenas nas oportunidades que pagam melhor. E também tem os que querem fechar contratos a qualquer custo – ou mentindo sobre o que já fizeram, ou deixando de executar as documentações mais básicas.
Muitos arquitetos iniciantes confiam demais em acordos verbais. Esse é mais um erro. Nunca se pode deixar de assinar um contrato para trabalhos. É uma exigência legal honesta. Se um cliente não enxerga isso com bons olhos é porque não tem boas intensões. Mais tarde, ele pode deixar de pagar pelo serviço prestado ou até manter um comportamento de desvalorização para com o trabalho do jovem profissional.
3- SER DESCUIDADO COM O QUE FALA E COM O QUE VESTE
Nenhum bom projeto pode começar bem com um mau diálogo. A falta de ou a comunicação errada entre arquiteto, clientes e parceiros pode causar não só a insatisfação de todos, mas também problemas projetais e até judiciais. Tudo tem que ser falado com muito cuidado e com o máximo de clareza possível – se possível, registrado em contrato.
Além da fala, outro cuidado que o recém-formado precisa ter é com a sua apresentação visual. Essa ideia de que todo arquiteto é mais descolado, menos formal, não é o mesmo que dizer que ele pode ser desleixado. Muitos profissionais se preocupam tanto em montar logotipos, páginas na internet, portfólios, folders e mais; mas, na hora de escolher suas vestimentas, pecam. E é por não investir nisso que muitas boas oportunidades são perdidas, e muitos clientes e parcerias são afastadas.
4- DESPREZAR FERRAMENTAS DE MARKETING
“Quem não é visto não é lembrado.”
“Ninguém chega a lugar nenhum sozinho.”
São frases simples, mas que muitos esquecem no início da carreira profissional. Manter uma rede sólida de networking é importante – com contatos de colegas, ex-colegas, ex-professores e até de amigos e familiares. É daí que vem as primeiras oportunidades de trabalho para os recém-formados. A internet também vem facilitando nesse sentindo, aproximando pessoas e ajudando os mais jovens a ganharem visibilidade no mercado. Há tantas formas baratas de divulgar suas qualidades e habilidades online, como exemplo as redes sociais e blogs. Essas são ferramentas eficazes e que não devem ser desprezadas, mesmo que a pessoa não tenha habilidade de mexer com o computador.
5- ESQUECER QUE A ARQUITETURA É MAIS DO QUE PROJETO ARQUITETÔNICO
O projeto do arquiteto tem como foco principal o apelo visual. Mas, o planejamento e a construção de espaços envolvem muitas outras questões, principalmente técnicas e burocráticas. Algumas tarefas podem ser delegadas a terceiros, como os projetos complementares. Isso não elimina a necessidade do profissional ter domínio de como funciona o todo. Não se deve fazer tudo sozinho. Mas, também não se deve delegar demais a ponto de se esquecer de qual é o seu papel.
Um erro que muitos recém-formados cometem é não saber firmar parcerias com outros colegas. E pior é quando ele subdividi tanto o seu trabalho que acaba perdendo o domínio da própria obra, limitando sua participação apenas às etapas iniciais de projeto. Os clientes querem arquitetos proativos, dinâmicos e flexíveis, que estejam fisicamente e mentalmente presentes em todos os momentos, desde a fase de orçamento até execução, fiscalização e aprovação. E para ganhar mais confiança e conseguir realizar todas essas tarefas, volta à questão do estudo. Dar soluções inteligentes e condizentes com o momento e situação do mercado só é possível quando o arquiteto renova o seu conhecimento constantemente. (Blog da Arquitetura)